quarta-feira, 24 de março de 2010

Humanidade

Não existem mais muitos seres humanos, e os que existem já estão em mutação. Se tornando animais mecânicos, movidos apenas pelo instinto e pela razão. Essa é a conclusão que chego, ao me relacionar com os Homo Sapiens deste planeta em que vivo.

Todos os assuntos e as atenções das pessoas são direcionados no sentido da satisfação dos sentidos, em que o principal foco é o egocentrismo pessoal, ou a satisfação instintiva de um grupo de indivíduos, em que raramente os assuntos ultrapassam os temas relacionados a dinheiro, sexo, posição social, consumo de bens e esportes.

Assuntos de ordem humana, mesmo relacionadas a religião, alem dos temas acima, raramente atingem os estados de uma preocupação humana e espiritual.

Tudo gira em volta de interesses pessoais ou coletivos, egoistamente de cunho social ou individual, vazio de qualquer valor humano, ou as vezes, imitando alguma qualidade humana.

Escondido atrás do comentário e aceitação popular da frase “O lado espiritual é coisa de cada um, ninguém discute”, os “Seres Humanos” tornaram toda e qualquer manifestação espiritual em um compêndio de interesses financeiros, emocionais e sexuais. Raros são os casos de sentimento e experiência verdadeiramente espirituais.

Portanto em meu laudo, sobre minha experiência como um Ser Humano nesse planeta, chego a conclusão que é necessária uma mudança radical, nos conceitos e na direção destes seres nesse globo, os quais estão perdidos, sem saber mais em que direção apontar seus anseios, seu amor e dedicação.

Não radicalizando, não são criaturas perversas ou insensíveis, apesar de alguns muitos assim agirem em seu dia a dia, mas entre todos, existem uns poucos em que no olhar, eu posso e pude muitas vezes vislumbrar uma luz de vida e entendimento.

Quanto a potencial, eles possuem bastante, porem todos os conceitos e verdades em que acreditam esta minando esta fonte, fazendo-os apenas instrumentos de alguns, em prol de destruir qualquer vestígio de Humanidade, de forma demoníaca e nefasta.

Esperando um dia uma providencia divina... Edmil.

Salto de Pirapora – 23/03/2010.

domingo, 21 de março de 2010

Fragilidade

Vejo a fragilidade da vida, tão frágil quanto a uma vela em uma tempestade.

E acho incrível que meu coração não tenha parado ainda, por tanto tempo que bate em meu peito.

O tempo passa, a passos largos, porém, parece que tudo já passou em alguns segundos.

Tentar segurar todo tempo as vezes me faz não querer adormecer, para aproveitar cada segundo de descobertas.

Respiração a respiração, como vejo incrível essa possibilidade de existir, como se ela fosse uma grande vibração a me levar.

Amanha terá mais aventuras, erros e coisas para aprender.

Sempre um pouquinho mais.

Cada vez mais frágil navegando...

No infinito do meu ser.

Salto de Pirapora - 16/03/2010.

Sentir amor

Sentir o amor às vezes é apenas querer existir para alguém.

Fazer parte do sentimento de alguém é como um presente para o coração.

Ser tocado, receber um beijo, ou talvez um carinho é alimento ideal para o coração e pra nossa auto-estima.

Por isso sentir amor é investimento.

Deixar os outros fazerem parte de nosso mundo é negócio de alto retorno.

Tocar em alguém é tirar e tratar do nosso melhor bem.

Dar um beijo é doar um pouco de nossa riqueza em prol de nossa sociedade.

Fazer um carinho qualquer é sabedoria, de alguém que escreve no destino, todas as suas posses.

Como uma semente que um dia dará bons frutos.

Salto de Pirapora - 15/03/2010.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Aonde você está?

Você pode falar: “Estou aqui”, mas será mesmo... será que não é uma grande ilusão acreditar nisso ?

Vamos por partes... Vamos entender como funciona o seu corpo.

A princípio todas as suas sensações, como o tato, a audição, o olfato, o paladar e a visão todas elas partem de estímulos nos terminais do corpo, transmitidos para seu cérebro, aonde são processados e interpretados por você.

E a ilusão é tão grande que você acha que sente tudo na periferia de seu corpo, mas tudo é sentido internamente aonde você esta, e que, pela ilusão a impressão é que você é o corpo, e não um usuário dele.

Imagine um motorista em um carro, que dirigindo intensamente, passa a sentir o carro como parte dele mesmo, porém a um limite, pois o carro não este totalmente conectado com o motorista, que não sente o capo, o retrovisor, as lanternas como se fosse ele mesmo, mas apenas o sentimento de controlar o carro.

Com o corpo humano é muito mais intenso, pois projetamos dentro do cérebro uma imagem de nossos membros e sensores, e desejando, nos movemos tanto dentro, na imagem do cérebro, como fora, como uma um habilidoso marionetes... Vou explicar como funciona, dando um exemplo, como nos movimentos da mão.

Criamos mentalmente uma imagem de uma mão, não em um lugar específico do cérebro, mas em vários locais, conectados... uma copia da sua visão externa da mão. Então você move essa mão interna e através do seu desejo, da sua fé você a move externamente, com o seu cérebro controlando os músculos, obedecendo a trajetória que você imaginou... mas tudo internamente.

Você inteiro é uma cópia internamente, todos seus movimentos e sensações são sentidas internamente e não externamente. A ilusão é você pensar que você é o que vê e o que sente.

Se você corta a comunicação com os seus órgãos e membros, como um ferimento ou traumatismo, rompendo os nervos ou obstruindo-os, você poderá até ter esses órgãos ou membros, mas não consegue imaginar que são seus, pois eles passarão a ser distintos de você.

E onde você está... Ou então onde sempre esteve é o segredo que originou todo este Universo, pois para que você pudesse ter essa ilusão de ter um corpo, e experimenta-lo como se você fosse ele, é a razão por que tudo foi criado...

Então a pergunta é, quem você é, e aonde você esta ou como você é ? Mas a questão não é essa... a questão foi colocada para você entender que você não é somente o que aparenta ser, mas muito... Muito mais...

Salto de Pirapora - 11/03/2010

quarta-feira, 10 de março de 2010

Carência

Será que carência significa falta de sexo, amizade, amor ou algo material ?
Será que se fosse substituir essa carência por uma delas ira substituir o vazio ?

E então colocamos todas as coisas no lugar dessa carência e esperamos que essas coisas substituam, porem, com o tempo precisam ser substituídas ou aumentar cada vez mais a colocação delas, pois elas não preenchem esse vazio totalmente.

Mas o porque é que ela surge, de repente, sem que seja procurada ou querida ?

Bem... vamos as respostas, de forma bem simples.

A carência não é a falta de nada, mas apenas a falta de você mesmo, não das sua personalidade, não da sua vida, não das coisas que você tem ou quer ter, mas apenas de você, simplesmente, da sua fonte de felicidade, que parou de correr.

Nada ira substituir você, nem nada nem ninguém, pois você é a pessoa mais importante para você mesmo. Você é o centro do Universo para você mesmo, e é esse centro que esta fora de foco. Você não é outra pessoa ou outra coisa que você valoriza, mas apenas o Eu, que esta oculto dentro de você.

E o porque ela aparece... é simples. Você faz todas as suas coisas, tem todas as coisas, e sua atenção esta ai, nelas, nas coisas que você valorizou na sua vida, e então, não mais que em um instante, você enjoou delas, ficou cansado de se relacionar com elas e de deixar que elas façam parte da sua vida... e sua atenção voltou-se para você, para esse lugar que você abandonou cheio de coisas sem valor... é nesse momento, você sente a carência de você mesmo.

Basta apenas, ser humilde, aceitar-se, amar-se, olhar para você mesmo, não sua identidade, não sua personalidade, mas você, puramente você e sentir a fonte da vida, pulsando, e daí essa vida, vai vir, e preencher esse lugar infinito que nada preenche, e fazer que em lugar da Carência exista apenas Você, pleno de Você mesmo.

Salto de Pirapora - 10/03/2010

segunda-feira, 1 de março de 2010

Escrever

Se tudo se expressa como a razão do Eu, então minha razão é a expressão minha, no infinito de minha experiência pessoal.

Olhar e tentar ver alem do que as aparências, além formas e cores.

Ouvir alem dos sons harmônicos, alem da musica ou dos barulhos ruidosos.

Tocar alem do tato, do toque suave, do aperto dos sentidos, do abraço forte.

Escrever alem de palavras ou frases, mas fazer os sentimentos exaltarem-se em silabas e sentenças verdadeiras.

Tentar colocar no papel a alma das emoções, em sinais que apenas se interpretam, quando conseguem se esclarecer para mim mesmo.

Descrever, demonstrar, exemplificar a consciência da vida, na ponta de uma caneta, de um lápis ou pensamento.

Expressar-se como a razão do meu próprio Eu.

Salto de Pirapora - 01/03/2010